quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014

Pedro Bivar dá opinião sobre o CAR

CAR/VERSÃO III – História de um fracasso precoce

O que realmente se previa, aconteceu!

Os convites feitos aos melhores jogadores nacionais para integrarem a inconcebível estrutura que a FPT montou apressadamente, arrogantemente e obviamente com muita pouca reflexão e inteligência no Jamor, que dá pelo nome de Centro de Alto Rendimento (CAR), deu no que se esperava: um fiasco total, com pouquíssimos jogadores a aceitarem o convite. A noiva foi deixada no altar! Isto é, dos 13 previstos na “Lista de Atletas Referenciados do CAR – Janeiro 2014”, que consta do site oficial da FPT, só 3 aceitaram o convite. Dois dum clube de Lisboa que tinha condições para os treinar e que só abandonaram o clube pelas condições financeiras oferecidas pelo CAR, depois de assediados num escandaloso caso de concorrência desleal, vindo ainda para mais da parte de uma Federação (que existe para, entre outras incumbências, apoiar os clubes), e um outro atleta, oriundo do Alentejo, que não tendo condições no seu clube de origem, se deslocava já há alguns anos a Clubes de Lisboa para treinar.

No primeiro caso esses convites acarretaram enormes prejuízos, desportivos e financeiros, ao clube onde treinavam, o Ace Team/Clube de Ténis de Alfragide, já que, com a saída dos seus dois melhores atletas, e a previsibilidade de mais convites e mais saídas, houve uma reacção em cadeia que levou ao abandono do Clube de outros atletas que com eles treinavam, havendo ainda neste momento vários jogadores e pais a questionarem-se sobre a continuidade no clube porque as circunstâncias se alteraram, o grupo ficou mais fraco e havendo mesmo a possibilidade de situação se agravar, podendo a hemorragia não ter ficado por aqui. Os chamados efeitos colaterais.

Estes até podiam ser admissíveis se estivéssemos em presença de um “bem maior”, da criação de algo superior que justificasse, ou que pelo menos fosse aceitável até aos olhos dos clubes, o esbulho dos seus melhores atletas. Estivéssemos nós perante a criação de uma estrutura largamente pensada, debatida, meditados e corrigidos os erros das estruturas que a precederam, com treinadores com larga experiência no treino e produção de atletas de competição, com garantias políticas de que isto não era de novo um entusiasmo fugaz e passageiro então, talvez, digo talvez, se aceitasse um modelo destes, em que um organismo publico se apropria sem qualquer compensação dos melhores valores e activos de outros organismos privados.

E esse organismo publico, é a FPT, que tem como principal fim estatutário, o desenvolvimento do Ténis em Portugal e repita-se que um dos seus objectivos mais importantes deveria ser apoiar os organismos privados referidos, os Clubes, incentivando-os ao máximo na criação de mais e melhores jogadores de alto nível.
(ler mais)

Nenhum comentário:

Estou no blog.com.pt - comunidade de bloggers em língua portuguesa
BlogBlogs