quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014

CARTA ABERTA AO Sr. MINISTRO DA EDUCAÇÃO E AO SR. SECRETÁRIO DE ESTADO DO DESPORTO

Na sequência do post:

CARTA ABERTA AO Sr. MINISTRO DA EDUCAÇÃO E AO SR. SECRETÁRIO DE ESTADO DO DESPORTO

"Exmos. Srs.
A propósito do artigo do Expresso da sua última edição, de 8 de Fevereiro, sob o título “OLIMPICOS
PORTUGUESES VÃO PODER ESTUDAR ONLINE”(1º Caderno, Modalidades, pág. 39) e a propósito ainda da imposição de Medalha de Grande-Oficial da Ordem do Infante D. Henrique a CR7 gostaria de dizer o seguinte.
Sou treinador de Ténis há mais de 30 anos, comecei a minha carreira de treinador ainda na Universidade
Clássica de Lisboa, enquanto me licenciava em Direito. Fiz o Estágio de advogado, exerci advocacia,
abandonei-a e dediquei-me a partir daí em full time a esta carreira, que ainda hoje me fascina e me cria em
simultâneo as maiores frustrações.  ( ler mais )"

recebemos um email de Pedro Barosa que vem ajudar na discussão deste tema "Ténis e estudos em Portugal" passamos a publicar.

Boa tarde Pedro

Já tive a oportunidade de ler a sua “carta aberta” e felicito-o por ter aproveitado a oportunidade da “promessa” de que os atletas olímpicos iriam (quando?) poder passar a estudar on line (presumo que o chamado e-learning) para mais uma vez lançar o debate sobre a conciliação entre desporto e estudos. E digo promessa porque ainda não se viu nada e de boas intenções está o inferno cheio. Mas mesmo que projecto avançe, se ainda não está lançado, deverá levar pelo menos dois anos a implementar.

Vou procurar dar umas achegas para esse debate esperando que tenham alguma utilidade. E que possam andar para a frente mais depressa, muito mais depressa.

Começo por comentar uma frase sua “ESTUDOS ONLINE – e que tem obrigatóriamente de ser alargado aos praticantes desportivos de alto rendimento.”

Mas quem são estes “ praticantes desportivos de alto rendimento” ? Concentrando-me nos tenistas juvenis masculinos e atendendo aos critérios conhecidos 300 TE-16, ou melhor, para os sub-16 e 500 ITF-Junior, ou melhor, para os sub-18, fui ver quantos atletas portugueses poderiam hoje cumprir esses critérios se o processo começasse agora. E os números que encontrei revelam tudo: 4, sim quatro, em sub-16, e outros 4, sim quatro, em sub-18. No feminino não fui ver mas o panorama deve ser semelhante senão ainda mais desolador.

Perdoe-me a expressão, mas isto é absurdo. Portugal só tem 8 juvenis masculinos que sejam “praticantes de alto rendimento” no ténis ?

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