Na sequência do post:
CARTA ABERTA AO Sr. MINISTRO DA EDUCAÇÃO E AO SR. SECRETÁRIO DE ESTADO DO DESPORTO
"Exmos. Srs.
A propósito do artigo do Expresso da sua última edição, de 8 de Fevereiro, sob o título “OLIMPICOS
PORTUGUESES VÃO PODER ESTUDAR ONLINE”(1º Caderno, Modalidades, pág. 39) e a propósito ainda da imposição de Medalha de Grande-Oficial da Ordem do Infante D. Henrique a CR7 gostaria de dizer o seguinte.
Sou treinador de Ténis há mais de 30 anos, comecei a minha carreira de treinador ainda na Universidade
Clássica de Lisboa, enquanto me licenciava em Direito. Fiz o Estágio de advogado, exerci advocacia,
abandonei-a e dediquei-me a partir daí em full time a esta carreira, que ainda hoje me fascina e me cria em
simultâneo as maiores frustrações. ( ler mais )"
recebemos um email de Pedro Barosa que vem ajudar na discussão deste tema "Ténis e estudos em Portugal" passamos a publicar.
Boa tarde Pedro
Já tive a oportunidade de ler a sua “carta aberta” e felicito-o por ter
aproveitado a oportunidade da “promessa” de que os atletas olímpicos iriam
(quando?) poder passar a estudar on line (presumo que o chamado e-learning)
para mais uma vez lançar o debate sobre a conciliação entre desporto e estudos.
E digo promessa porque ainda não se viu nada e de boas intenções está o inferno
cheio. Mas mesmo que projecto avançe, se ainda não está lançado, deverá levar
pelo menos dois anos a implementar.
Vou procurar dar umas achegas para esse debate esperando que tenham alguma
utilidade. E que possam andar para a frente mais depressa, muito mais depressa.
Começo por comentar uma frase sua “ESTUDOS ONLINE – e que tem
obrigatóriamente de ser alargado aos praticantes desportivos de alto
rendimento.”
Mas quem são estes “ praticantes desportivos de alto rendimento” ?
Concentrando-me nos tenistas juvenis masculinos e atendendo aos critérios
conhecidos 300 TE-16, ou melhor, para os sub-16 e 500 ITF-Junior, ou melhor,
para os sub-18, fui ver quantos atletas portugueses poderiam hoje cumprir esses
critérios se o processo começasse agora. E os números que encontrei revelam
tudo: 4, sim quatro, em sub-16, e outros 4, sim quatro, em sub-18. No feminino
não fui ver mas o panorama deve ser semelhante senão ainda mais desolador.
Perdoe-me a expressão, mas isto é absurdo. Portugal só tem 8 juvenis
masculinos que sejam “praticantes de alto rendimento” no ténis ?
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