VALLE COSTA E MOURA
PODEM FAZER HISTÓRIA
Joana Valle Costa e Margarida Moura podem tornar-se amanhã (Sábado) nas primeiras portuguesas a conquistar o torneio de pares do Cantanhede Ladies Open, o torneio internacional de 10 mil dólares em prémios monetários (cerca de 8 mil euros), que o Clube Escola de Ténis de Cantanhede está a organizar com o patrocínio da Câmara Municipal.
Se em singulares o torneio tem na sua lista de campeãs duas portuguesas, Maria João Koehler na primeira edição, em 2009, e Magali De Lattre em 2011, já na variante de pares as tenistas nacionais têm ficado “em branco”.
A presença de Joana Valle Costa e Margarida Moura na final de amanhã, marcada para as 15H30, é um resultado histórico para o torneio e também para o par luso, dado que, juntas, nunca tinham passado das meias-finais em torneios a contar para o ranking mundial.
«Depois do que passámos ontem (quinta-feira), é claro que agora só pensamos que a final também pode ser para nós», comentou hoje (sexta-feira) Joana Valle Costa.
A campeã nacional de sub-16 referia-se ao triunfo de ontem sobre as australianas Nicole Pratt e Naiktha Bains por 1-6, 6-4 e 10/8.
«Sabíamos quem era a Nicole Pratt e entrámos nervosas. Elas entraram bem, em potência e nós apáticas. Mas depois de ganharmos o segundo set acreditámos», acrescentou a jogadora de 16 anos, que agora pode dizer que, ao lado de Margarida Moura, derrotou Nicole Pratt, em tempos uma das melhores jogadoras de pares do Mundo, tendo sido 18ª do ranking WTA da especialidade em 2001.
Na final de pares, as portuguesas vão defrontar as espanholas Aide Martinez Sanjuan e Paula Mocete Talamantes, que nos quartos-de-final tinham eliminado as primeiras cabeças-de-série, as alemãs Carolin Daniels e Karolina Nowak, para depois nas meias-finais desfeitearem a britânica Laura Diegman e a espanhola Olga Parres Azcoitia.
«Vimos as espanholas ontem no tie-break, jogam bem, mas podemos ganhar. É natural que possamos sentir algum nervosismo por ser a primeira final, mas também muita motivação», disse Valle Costa, que aprecia «particularmente o piso de relva sintética, o clube, a organização simpática e a presença de público, que transmite sempre emoção».
Sobre a parceria com Margarida Moura, diz: «Temos jogado juntas este ano e isso favoreceu-nos neste torneio. Quisemos jogar mais vezes para fortalecer este par, temos conseguido isso e estamos também a reforçar os laços pessoais, o que também está a ajudar durante os torneios».
No torneio de singulares, já sem portuguesas, disputam-se hoje os quartos-de-final, três dos quais já se concluíram com os seguintes resultados:
Paula Mocete Talamantes (Espanha)-Carolina Prats Millan (Espanha/7), 6-1, 6-4; Olga Saez Lara (Espanha/5)-Virginie Ayassamy (França), 7-6 (7/3), 6-1; Carolin Daniels (Alemanha/4)-Olga Brozda (Polónia), 6-1, 4-6 e 6-1.
Neste momento jogam Amandine Cazeaux (França/8)-Charlene Seateun (França). Amanhã (Sábado), a primeira meia-final, entre Mocete Talamantes e Saez Larra joga-se às 10H00 e a segunda meia-final de singulares está marcada para as 11H30.
in Hugo Ribeiro
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